Disfunção Erétil

Trata-se da incapacidade de iniciar ou manter uma ereção satisfatória para relação sexual. É muito comum e atinge mais de 20% dos homens com mais de 40 anos, com aumento de incidência conforme o envelhecimento.

A ereção depende de excitação gerada pelas informações recebidas por diversos sentidos (visão, tato, olfato, paladar e audição). Essa excitação faz com que os músculos penianos  relaxem e os corpos cavernosos se encham de sangue,  comprimindo as veias e mantendo o fluxo sanguíneo  no pênis. Assim ele se expande e fica rígido. Em muitos casos, a disfunção erétil é causada por outros problemas de saúde que podem restringir o fluxo de sangue por todo o corpo inclusive no pênis.

Por isso, um estilo de vida saudável, com dieta adequada, exercícios físicos regulares, evitando tabagismo e álcool, pode ajudar na qualidade da vida sexual. O paciente com queixa de disfunção erétil deve ser incentivado a tais mudanças de hábito, além de ser investigado para outras causas ainda mais prejudiciais à saúde sexual, como diabetes, hipertensão sexual, dislipidemia (aumento de colesterol e triglicérides), disfunção hormonal (tireoidiana, testicular), doenças neurológicas, depressão e antecedente de cirurgias pélvicas (próstata, bexiga e reto). Essas patologias causam danos aos vasos sanguíneos, nervos, músculos lisos ou tecidos fibrosos envolvidos na obtenção e manutenção da ereção.

​Tratamento

Consiste inicialmente na mudança dos hábitos de vida, tais como: reduzir o uso de álcool e tabaco, dieta mais saudável e atividade física regular. Junto a isso, identificar e tratar patologias prejudiciais.

Medicamentos orais: É a primeira opção de tratamento da disfunção erétil, desde que o paciente não apresente contra-indicação quanto às substâncias presentes nas fórmulas.  Essas medicações facilitam o relaxamento dos músculos penianos, assim como sua dilatação. Existe uma grande variedade de medicamentos cujo efeito se manifesta após 30/60 minutos da administração, com durabilidade entre 4/36 horas. A medicação deve ser particularizada para cada paciente, de acordo com sua necessidade. Eles podem ser prescritos sob demanda ou diariamente. Os principais efeitos colaterais são dor de cabeça, rubor, sensação de nariz entupido e taquicardia.

Injeção intracavernosa: Se a medicação via oral não surtir efeito ou for contra-indicada, a segunda opção de tratamento é a injeção intracavernosa. A vantagem do método é o fato de o medicamento agir cerca de 20 minutos depois da aplicação. Neste caso não é necessário qualquer estímulo para que o homem tenha ereção. A substância injetada estimula a circulação e promove a dilatação das artérias no local, o que aumenta o fluxo sanguíneo no pênis, levando à ereção.  O tempo de duração varia com a dose administrada. A desvantagem pode ocorrer na dificuldade da auto-aplicação.

Prótese peniana maleável: É uma intervenção cirúrgica simples, mas com tratamento mais complexo do que a ingestão de medicamentos ou injeções. Ocupa o terceiro lugar na escala de opções para o paciente com disfunção erétil. O tipo maleável é o mais simples e barato. Uma haste metálica envolvida em silicone é colocada em cada corpo cavernoso do  pênis, fazendo com que ele fique rígido o suficiente para penetração 100% do tempo. Como é maleável, pode ser mantido de lado durante o dia e na hora da relação basta elevar.

Prótese peniana inflável: Diferentemente da prótese peniana maleável, a prótese inflável permite que o pênis volte ao estado de flacidez após o ato sexual. O método inclui a introdução de cilindros infláveis no pênis, conectados a uma válvula e reservatório com líquido, que simularia o sangue.  Para promover a ereção, basta acionar a válvula que drenará esse líquido para o cilindro. Após a relação, o pênis deve ser levemente pressionado para baixo para que o líquido volte para a válvula e ele fique novamente flácido.

 

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